quarta-feira, julho 11, 2012

Tenho a noite em mim
Tenho o preto que queima
Tenho a luz que me morde
Tenho a janela que bate e a voz que me corta
Rasgo-me, volto-me, liberto-me...
Solto a rede de teias que me prendem
Solto o grito de morte
Ajoelho-me
Rezo sem acreditar em seres superiores
Não acredito em nada...
Não acredito em ninguém...
Não acredito em mim...
Não tenho forças para lutar
Não tenho fé para vencer
Mantenho-me à superificie
Anseio por conseguir respirar
Mas sinto-me a sufocar
Sinto que caio
Seguro-me à única corda que me mantém
É tão fina, tão frágil... Como eu...
Escondo-me na sombra imensa dos meus pesadelos
Finjo acreditar que a realidade é mais luminosa
E adormeço...
Porque no sono sou o que não sou...
Sou  outra...
Sou aquela que conheço, mas não consigo tocar...

1 comentário:

Anónimo disse...

Tu és mais do que aparentas ser, és mais forte do que imaginas.
Tens que acreditar mais em ti, nas tuas qualidades.