
Este filme retrata a história do famoso editor da revista “Elle” e da mudança radical da sua vida, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral que lhe paralisou (quase) todas as suas funções motoras. Síndrome “locked-in” é nome dado pela medicina a esta forma gravíssima e rara de Acidente Vascular Cerebral, com atingimento do tronco cerebral.
Fechado no interior de si próprio, ouve tudo o que o rodeia, percebe tudo o que se passa, está apenas fechado no interior de si mesmo, encerrado no seu próprio corpo: “Locket-in”
O movimento do olho esquerdo é a única função motora que preservou e é através deste que Jean-Dominique Bauby vai poder comunicar com o exterior e exteriorizar as suas angústias, pensamentos e desejos. E é através desta forma de comunicação que Bauby escreve o livro “O Escafandro e a Borboleta”, escolhendo cada letra, formando palavras, frases, páginas inteiras…
Este filme é magnífico, e transpões-nos para uma realidade dura, que na maioria das vezes nem consideramos: a volatilidade da nossa existência. Baseado num caso verídico, este filme conquistou um prémio no festival de Cannes 2007, o de melhor realizador. De facto, Julian Schnabel faz-nos colocar muitas vezes na posição de Bauby, mostrando-nos a perspectiva da sua visão e dos seus pensamento. Aquilo que o seu olho consegue alcançar e até onde a sua mente pode divagar são a maioria das imagens que conseguimos ver ao longo deste filme. Sem qualquer dúvida um filme para rever, como todos os outros da minha lista de preferidos.
O livro “O Escafandro e a Borboleta” já se encontra na minha lista de compras, para a próxima ida à Fnac. ;)
2 comentários:
Eis uma coincidência bizarra e eis algo que por motivos intimamente pessoais me interessa realmente dissecar.
Será mais uma de tantas colagens que já procedi no espaço de 1 ano e qualquer coisa (coisas minhas).
É bom rever-te.
Ora vens, ora vais...
Vi - e li. O livro é superior; um testemunho intestemunhável, que tentamos tornar nosso.
Dark kiss.
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